Vale recordar que uma inspiração, mesmo que tenha acontecido há tanto tempo, deve acompanhar o tempo atual, deste modo, quais têm sido as maiores debilidades observadas no campo religioso atualmente? Sem dúvida a fé tem se esvaído para muitas pessoas. Outras coisas têm fornecido um conforto e amparo imediatos, de tal modo que, acreditar em Deus e viver o tempo de Deus, é um plano secundário. Pallotti percebendo tudo isso, desejou reavivar a fé de modo que a vida de nosso Senhor Jesus Cristo fosse o nosso maior exemplo. Eis pois a nossa missão! Apresentar a todos o maior e melhor modelo de vida e apostolado.Desde o início dos Palotinos no Brasil, grande foi o desejo da Direção Geral da Sociedade e também do povo de Vale Vêneto de ter um seminário próprio para assegurar o crescimento da Missão.

Em 1892, na casa paroquial de Vale Vêneto, Pe. João Vogel começou a acolher jovens aspirantes ao sacerdócio, vindos de Vale Vêneto e de Caxias. Desses primeiros jovens, que estudaram em Vale Vêneto e em Porto Alegre, tornaram-se padres palotinos Mariano Moro, André Susin, João lop, João Barbisan, Agostinho Rorato, Antônio Rossi e Rafael Iop. Simão Michelotti tornou-se Irmão palotino.

O que tem sido compreendido como caridade em nosso tempo? No mais das vezes, quando se dá uma esmola, um alimento ou algo do tipo a alguém dizemos que fizemos uma caridade ou boa ação.

Sugiro aqui a leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios. “Se eu gastasse todos os meus bens para o sustento dos pobres, mas não tivesse a caridade, isso de nada serviria… A caridade é paciente, benigna, sem inveja, sem vaidade…” (13,1-8.13).

A caridade nos torna imagem e semelhança de Deus, e por isso devemos, através da fé, ser imitadores de Cristo na caridade.

Para qual apostolado devemos despertar? Certamente você já ouviu o trecho do Evangelho de Mateus (25,14-30), o qual fala sobre os talentos recebidos, ou ainda a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, (12,12-30) que relata sobre os muitos dons que existem na Igreja, devendo sempre recordar que nós somos a Igreja.

Se desejamos despertar para o apostolado, devemos ter consciência de apenas uma coisa: somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Quando nos dermos conta da força que o batismo tem em nossa vida, iremos perceber que não podemos ficar parados, esconder os nossos dons e ser como aquele servo que enterra o seu talento com medo de perdê-lo. Despertar para o apostolado é despertar todo o potencial que há dentro de você. Este potencial chamamos de dons e talentos, e colocá-los à disposição é fazer valer a sua missão de batizado. Deste modo, convido-lhe a apresentar-se em sua comunidade, em seu trabalho e na família, disposto a ser um apóstolo, um servidor.

Por fim, esta pode ser uma das sínteses da missão da União do Apostolado Católico: homens e mulheres, sob a luz do carisma palotino, que estão dispostos a cooperar com o Reino de Deus a partir do local onde estão. Por isso, você, caro leitor, pode ajudar a reavivar a fé, reacender a caridade e despertar para o apostolado, sendo um membro e colaborador desta grande obra.

Hayan Deonir Flach