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Nossa História

Conhecer a história para agradecer o passado, entender o presente, bem como viver e registrar o hoje para as futuras gerações. Nesta síntese histórica apresentamos o fio condutor daqueles que nos antecederam na doação da própria vida, conforme o carisma e espiritualidade de nosso Pai Fundador, São Vicente Pallotti (1795-1850).

Os Padres e Irmãos Palotinos chegaram ao Brasil em 24 de julho de 1886, em Vale Vêneto-RS, para atender, inicialmente, a Quarta Colônia de Imigração Italiana.

Iniciada em Vale Vêneto (RS), foi-se estendendo para outros locais do Rio Grande do Sul, dentre eles: Silveira Martins, Nova Palma, Arroio Grande, Novo Treviso, Dona Francisca, Núcleo Norte/lvorá, Agudo, Caxias do Sul, Porto Alegre, Tristeza, Santa Maria, Passo Fundo, Cruz Alta, Júlio de Castilhos, São Luiz Gonzaga, Cerro Azul/Cerro Largo, São Luiz da Casca e Palmeira.

Até 1909, a Pia Sociedade das Missões — hoje Sociedade do Apostolado Católico com sede em Roma) — era uma só unidade governada pelo Reitor Geral, que enviava seus Padres e Irmãos para as Américas, para a África, para a Austrália e também para o Brasil.

Padres e Irmãos Palotinos em Santa Maria no ano de 1940
Padres e Irmãos Palotinos em Santa Maria no ano de 1940

Desde o início dos Palotinos no Brasil, grande foi o desejo da Direção Geral da Sociedade e também do povo de Vale Vêneto de ter um seminário próprio para assegurar o crescimento da Missão. Em 1892, na casa paroquial de Vale Vêneto, Pe. João Vogel começou a acolher jovens aspirantes ao sacerdócio, vindos de Vale Vêneto e de Caxias. Desses primeiros jovens, que estudaram em Vale Vêneto e em Porto Alegre, tornaram-se padres palotinos Mariano Moro, André Susin, João lop, João Barbisan, Agostinho Rorato, Antônio Rossi e Rafael Iop. Simão Michelotti tornou-se Irmão palotino.

Em 1892, o Bispo de Porto Alegre acolheu e manteve no seu próprio seminário um grupo de seminaristas maiores palotinos europeus que, ao completarem os seus estudos em Porto Alegre, podiam aprender a nossa língua e conhecer também o nosso povo. E foram bem-sucedidos. Já em 1892, o diácono Frederico Schwinn recebeu a ordenação sacerdotal. Em 1894, foi ordenado sacerdote Pe. Pedro Wimmer; em 1895, Pe. Roberto Kuklok; em 1897, Pe. Caetano Pagliuca.

Em 1894, o Pe. João Vogel comprou em Porto Alegre uma casa para os seminaristas palotinos, que estavam no seminário diocesano, e todos os alunos de Vale Vêneto foram transferidos para Porto Alegre. Foi também fechado o seminário de Vale Vêneto e, com isso, diminuíram também as esperançosas vocações de Vale Vêneto. Em 1906, o Superior da Missão, Pe. Carlos Gissler (1858-1927), fechou o seminário de Porto Alegre e, sem nenhuma casa de formação, a Missão Brasileira não pôde desenvolver-se, especialmente quando a Sociedade foi dividida em províncias e enfrentou a guerra mundial de 1914-1918.

A PROVÍNCIA AMERICANA

O Capítulo Geral de 1909 dividiu a Pia Sociedade das Missões em quatro grandes províncias: a Província Italiana, a Província Alemã, a Província Irlandesa e a Província Americana. A Província Americana abrangia as casas e paróquias no Rio Grande do Sul, a Igreja Nossa Senhora de Lourdes em Montevidéu/Uruguai, duas casas nos Estados Unidos e o Colégio de Másio, no norte da Itália.

O primeiro Superior da Província Americana foi o Pe. Pedro Wimmer (1870-1928) e sua sede foi em Santa Maria/ RS. Por causa da guerra mundial de 1914-1918, a Província Americana teve dificuldades de manter suas casas, e não teve condições de assumir outras. Os palotinos alemães mantiveram a Província Americana até 1923. Naquele ano, o Provincial Guilherme Rahmacher (1883-1964) transferiu a sua sede, de Porto Alegre para Bruchsal, e a Província Americana deixou o seu nome original e passou a chamar-se Província de Bruchsal ou do Sagrado Coração de Jesus.

Os palotinos alemães, na grande região de Passo Fundo e de Cruz Alta, formaram uma Delegação, e o seu Delegado foi o Pe. Roberto Rosenfeldt (1891-1959) que residia em Passo Fundo. No fim de 1928, eles deixaram o Rio Grande do Sul e, no ano seguinte, iniciaram o seu trabalho missionário na diocese de Jacarezinho (PR).

O DISTRITO BRASILEIRO

Além da guerra mundial de 1914-1918, a Província Americana sofreu muito mais ainda, quando o Capítulo Geral de 1919 decidiu que todos os membros italianos e ítalo-brasileiros deviam sair da Província Americana a fim de constituir um Distrito sob a imediata dependência do Governo Geral da Sociedade. Ao Distrito, foram atribuídas as paróquias de Vale Vêneto, Silveira Martins, Nova Palma, Arroio Grande, de Tristeza e as capelanias de Novo Treviso e de Porto Alegre. A paróquia de Santa Maria, que era dos palotinos alemães, depois de muitos e sofridos estudos, passou para o Distrito, e os alemães ficaram com Tristeza e a capelania de Porto Alegre. O Capítulo Geral decretara também que os alemães não podiam receber vocações de famílias italianas, assim como os italianos e ítalo-brasileiros não podiam receber vocações de famílias alemãs. O Capítulo Geral de 1925 suprimiu essa triste decisão. O Distrito ficou com nove Padres e dois Irmão.

Primeira impressão da Revista Regina Apostolorum, em abril de 1923
Primeira impressão da Revista Regina Apostolorum, em abril de 1923

O primeiro Superior do Distrito foi o Pe. Caetano Pagliuca (1919-1922), e o segundo Pe. João lop (1922-1929). A primeira preocupação do Distrito foi construir e inaugurar o pequeno seminário Rainha dos Apóstolos, em 11/11/1922, em Vale Vêneto. Naquele dia, Pe. Rafael lop com todos os alunos vindos de São Leopoldo, onde faziam os estudos ginasiais, tomou posse do novo seminário e, no em 1923, ele foi também o Mestre dos primeiros noviços: Casimiro Tronco (1904-1980) e André Ferrari (1904-1976). Em abril de 1923, Pe. Rafael lop, na sua pequena tipografia no seminário, começou a publicar a pequena revista "Rainha dos Apóstolos", da qual foi redator e difusor até o fim de sua vida, em 1947. De 1923 a 1934, ele foi mestre de noviços em Vale Vêneto, e seu sucessor foi o Pe. Casimiro Tronco.

Contando com o apoio espiritual e material de todas as comunidades das casas e paróquias do Distrito, cresceram as vocações e, em 1932, foi inaugurada a segunda ala do seminário de Vale Vêneto. Os primeiros sacerdotes do Distrito foram os PP. Alfredo Pozzer (1895-1972), ordenado em 23/12/1925; Jorge Albino Zanchi (1903-1982) e José Busato (1904-1963), ordenados em 27/12/927; Casimiro Tronco (1904-1980) e André Ferrari (1904-1976), ordenados em 1928. Em 1927, o Distrito recebeu o Pe. Lamberto Pancratz (1887-1947), padre alemão que pertencera a outra congregação e em 1926 fez o seu noviciado em Vale Vêneto. Em 1929, recebeu também os PP. José Spönlein (1881-1963) e Francisco Burmann (1886-1945), que eram da Província do Sagrado Coração de Jesus.

A REGIÃO BRASILEIRA

Graças ao aumento dos membros e das vocações, o Distrito Brasileiro, em 1929, tornou-se Região Brasileira, e o seu primeiro Superior foi o Pe. João lop que esteve à sua frente até o dia de sua repentina morte, em Nova Palma, no dia 23 de junho de 1936, sendo seu sucessor o Pe. Rafael Iop. A Região prosperou e, a partir de 1935, teve os seus próprios estudos fundamentais e secundários — de 1926 até 1935, os secundários eram feitos no seminário diocesano de Santa Maria. Em 1932-1934, a Região construiu e administrou o Colégio Cristo Redentor, em Cruz Alta, mas, por falta de forças, o entregou aos Irmãos Maristas. Em 1934, assumiu a Paróquia São José, em Pejuçara.

Paróquia Nossa Senhora das Dores em Santa Maria no ano de 1940
Paróquia Nossa Senhora das Dores em Santa Maria no ano de 1940

Com o início das missões populares dos PP. Celestino Trevisan e Rafael Pivetta, em paróquias palotinas e diocesanas, houve grande aumento de vocações e também grande colaboração espiritual e material das famílias cristãs para todos os seminaristas da Região. Pela falta de espaço, em 1938, o Noviciado de Vale Vêneto foi transferido para a casa de São João do Polêsine, aumentando o espaço em Vale Vêneto para novos vocacionados, mas já em 1940 se encaminhou a construção da terceira ala do Seminário que foi inaugurada em 1943.

Desde 1896 até 1935, a Igreja matriz e Catedral de Santa Maria esteve sob os cuidados dos Palotinos, em especial do Pe. Caetano Pagliuca, desde 1900 até 1935, quando ela foi entregue ao Bispo de Santa Maria, o qual pediu que o Pe. Caetano construísse uma nova e ampla igreja para a futura paróquia de Nossa Senhora das Dores que foi criada em 1937 e confiada ao Pe. Caetano Pagliuca.

PROVÍNClA NOSSA SENHORA CONQUISTADORA

Patronato Agrícola Antônio Alves Ramos em Santa Maria, onde, no ano de 1960 foi criada a província
Patronato Agrícola Antônio Alves Ramos em Santa Maria, onde, no ano de 1960 foi criada a província

No dia 07 de março de 1940, no Patronato Antônio Alves Ramos, em Santa Maria, o Reitor Geral da Sociedade, Pe. Carlos Hoffmann (1887-1968), criou a Província Nossa Senhora Conquistadora. Até o fim daquele ano, o Pe. Rafael atuou como Vigário do Geral com seus Conselheiros Caetano Pagliuca e Casimiro Tronco. Em janeiro de 1941, o Geral nomeou o Pe. Rafael lop como Provincial, o Pe. Casimiro Tronco como Vice Provincial e, como conselheiros, os PP. Caetano Pagliuca, Antônio Bombassaro e Artur Soldera.

Em 1945, a Direção da Província transferiu o Noviciado, que estava no Seminário Maior de Polêsine, para o Colégio Santo Alberto, em Cadeado, para dar espaço aos estudantes do Curso de Filosofia, iniciado em Polêsine em 1941, entre os quais estavam também estudantes da Região de São Paulo Apóstolo, da Argentina e do Uruguai. Os estudantes teólogos estavam no Seminário Central de São Leopoldo, mas, em 1948, a Província abriu em Polêsine também o Curso de Teologia. A partir de 1948, portanto, todos os estudos superiores estavam nas mãos da própria Província.

Padres e Irmãos Palotinos em Vale Vêneto no ano de 1948
Padres e Irmãos Palotinos em Vale Vêneto no ano de 1948

Graças ao aumento de seus membros e forças, a Província, em 1954, entrou no sudoeste do Paraná e foi assumindo paróquias em Coronel Vivida, Palotina, Terra Roxa, Francisco Alves, Iporã, Cascavel, Verê e Itapejara do Oeste. Naquele mesmo ano, ela iniciou e foi ampliando sua presença e trabalho no sul do Mato Grosso, isto é, em Amambai, Vicentina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul.

Em 1974, a Província iniciou sua presença em Manaus (AM), onde tem o Santuário Nossa Senhora de Fátima, a Paróquia Rainha dos Apóstolos, o Centro de Formação, e Dom Elói Roggia, SAC administrava a Prelazia de Borba (AM).

Em 1981, a Província entrou no estado de Rondônia e aos poucos foi construindo casas e igrejas em Colorado do Oeste, Cerejeiras, Ariquemes, Porto Velho e trabalhou também em Guajará-Mirim (RO). Em 1999, a Província assumiu uma missão no sul de Moçambique no Continente Africano. Em 2018, assumiu as Paróquias de Extrema e Nova Califórnia, em Rondônia. E desde 2021 também a Paróquia Cristo Libertador, em Rio Branco-AC.

A Província de Santa Maria, atualmente, conta com 132 membros consagrados (cf. CATÁLOGO 2024), com foco na vida apostólica e distribuídos em seis estados brasileiros (Acre, Amazonas, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio Grande do Sul) e em cinco países (Argentina, Brasil, Estados Unidos, Itália e Moçambique).

Os membros atuam nos mais diversos campos apostólicos, estando agrupados em 13 Comunidades Locais, sendo duas localizadas na Delegação Rainha dos Apóstolos em Moçambique.

Padres e Irmãos Palotinos no Encontro de Vale Vêneto em 2024
Padres e Irmãos Palotinos no Encontro de Vale Vêneto em 2024