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13/12/2024 - In Memoriam

Padre Máximo Trevisan (1911-1959)

PE. MÁXIMO TREVISAN, SAC

Nasceu em Linha Base, Silveira Martins - RS, no dia 20 de outubro de 1911. Era filho de Domingos e Amália Menapace. Pais muito santos que tiveram a graça de ter três filhos padres palotinos e três filhas religiosas do Imaculado Coração de Maria (Congregação Brasileira).

Sentindo-se chamado por Cristo para ser padre, Pe. Máximo ingressou no Seminário de Vale Vêneto a 1° de março de 1924, onde fez o curso preparatório. No ano seguinte, foi para Santa Maria, onde iniciou o curso secundário, no Seminário Diocesano São José. Foi neste tempo nomeado Presidente da Congregação Mariana, justamente na época em que se iniciava a devoção à Nossa Senhora Medianeira, naquela cidade.

Depois de feito todo o secundário, entrou no Noviciado Palotino, em Vale Vêneto, aos 07 de março de 1931. Em outubro de 1932, Pe. Máximo foi enviado à Roma, a fim de completar os cursos filosóficos e teológicos. A 07 de março de 1933 consagrou-se à S.A.C. pela profissão religiosa, no quarto de São Vicente Pallotti. A 04 de julho de 1937 foi ordenado sacerdote, na Cidade Eterna.

Enquanto estava na Europa, viajou até Schoenstatt, na Alemanha. Foi ali que conheceu o Movimento Apostólico. No Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, em Schoenstatt, consagrou-se como instrumento d’Ela, recebendo a missão de introduzir o Movimento e a devoção à Mãe e Rainha na Província de Santa Maria.

Em 1938 retornou ao Brasil. A Paróquia das Dores, em Santa Maria, onde mora a família Trevisan, celebrou com todo o brilho a festa de sua primeira missa solene, no dia 14 de agosto deste mesmo ano. A missa solene foi celebrada pelos três padres irmãos, Máximo, Celestino e Fioravante, e acolitada pelos sobrinhos seminaristas. Seu irmão, Pe. Celestino, empolgou a todos os fiéis presentes com um entusiástico sermão sobre o sacerdócio católico. Às cerimônias representou o Sr. Bispo, o Monsenhor Mário Deluy.

No banquete, ao meio-dia, Pe. Pedro L. Bottari pronunciou belíssimo discurso alusivo à festa. Estava presente o prefeito da cidade, Dr. Xavier da Rocha, que também falou ao homenageado.

No primeiro ano de sua volta de Roma, Pe. Máximo trabalhou em Augusto Pestana, no Colégio Santo Alberto. Em 1939 foi transferido para Vale Vêneto, onde exerceu o magistério. Em 1942 é nomeado reitor do Seminário. No exercício de reitor, terminou a construção de uma nova ala do Seminário e fez outras reformas.

Completando o triênio de reitor, em 1944, foi transferido para São João do Polêsine, onde assumiu o cargo de reitor do Seminário Maior. Em fins de 1946 foi designado para Cruz Alta, onde, em 1947, recebeu a nomeação de Capelão Militar, cargo que exerceu durante meio ano.

Em fins de 1947 o Superior Provincial, Pe. Benjamim Ragagnin, o nomeou novamente para o Seminário Maior, em São João do Polêsine. Ali, além de professor, foi incumbido da direção espiritual dos seminaristas maiores.

Em 1953 viajou à Roma com a finalidade de participar da 9ª Assembleia Geral da S.A.C., em companhia do Pe. B. Ragagnin, Superior Provincial da Província Nossa Senhora Conquistadora (Santa Maria - RS).

Em 1955 esteve no Chile, onde ficou um ano, doutorando-se em Teologia Dogmática. Para a obtenção de grau, defendeu a tese: "Ideia e Doutrina do Apostolado Católico de Vicente Pallotti". Voltando do Chile, foi exercer o cargo de professor e diretor espiritual no Seminário Maior, em São João do Polêsine, até 1958.

Em 1959 foi novamente à Roma, agora em companhia do Pe. Valentim Zamberlan - Superior Provincial - a fim de participar da 10ª Assembleia Geral da S.A.C.

Seus últimos meses de vida passou-os na Casa de Retiros, em Santa Maria, onde já estava determinado como reitor da mesma. Mas a Providência tem seus planos. Quis que Pe. Máximo deixasse a terra e fosse habitar noutra morada, eterna e plena de felicidade. Por isso o Pai chamou-o para Si, a fim de dar-lhe a recompensa de seus esforços, no dia 13 de dezembro de 1959, num domingo de manhã. Faleceu no Hospital de Caridade, vítima de um derrame cerebral. Semana antes, dia 05, sofrera um espasmo cerebral, que o prostrara no leito, paralisando lhe meio corpo.

O corpo foi velado na Igreja das Dores até a tarde, quando foi rezada missa de corpo presente, e Dom Luís V. Sartori fez a encomendação. Depois, o corpo foi transportado para o Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, onde foi velado durante toda a noite. Todos os paroquianos sentiram a perda de Pe. Máximo. Grande massa de povo acompanhou o falecido até o Santuário. Muitos parentes estavam presentes. Todos derramaram lágrimas de tristeza por tão inesperada morte.

Na manhã do dia 14 o féretro partiu para Vale Vêneto, com grande acompanhamento. Na igreja matriz de Vale Vêneto, foi cantada missa solene de Réquiem pelo Superior Provincial, Pe. Alberto Trevisan, que proferiu a oração fúnebre, relatando a bela vida do extinto. Terminada a missa, o féretro dirigiu-se para o cemitério dos palotinos.

O que Pe. Máximo tinha de especial era a sua vida profundamente mariana. Empregou tudo o que tinha para promover a devoção à Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, sobretudo entre sacerdotes e seminaristas palotinos. Seu ideal pessoal era ser "Vítima perfeita da Mãe". E foi naquelas horas duras de sua doença que mostrou ser uma perfeita vítima de Maria. Embora às vezes as dores o atormentassem fortemente, não se queixavam, mas exclamava: "Sim, Pai! Sim, Mãe!". Ele dizia para os que o visitavam e lhe prometiam oração: "Reze, não pela minha saúde, mas pra que se faça a vontade da Mãe". Pe. Máximo tinha 48 anos de idade e 22 de sacerdócio.

 Por Lino A. Weber