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19/09/2024 - In Memoriam

Padre Francisco Koenig (1863-1928)

Nasceu em Hannover (Alemanha), em 1863. Estudou em Münster e Dillingen, ordenando-se sacerdote secular em 1887. Animado pelas Missões dos Palotinos, a pedido da Santa Sé e do Governo Alemão, decidiu-se a entrar na S.A.C., fazendo o Noviciado em Limburgo (Alemanha). Note-se que esta Casa de Formação de Limburgo fazia apenas dois anos que fora construída e tinha por finalidade preparar Missionários para Camarões, na África. Concluído o Noviciado, Pe. Koenig rumou às Missões Africanas, lá trabalhando com dedicação não comum durante sete anos. Voltou à Alemanha por se encontrar adoentado e, segundo o Pe. A. Bombassaro, por ter sofrido graves maus tratos dos nativos africanos, sofrimentos estes que, principalmente no fim da vida, influíram em seu equilíbrio mental.

Restabelecido das fadigas missionárias, pela permanência de vários anos na Alemanha, era enviado às terras do Brasil, em 1904. Foi-lhe entregue a Paróquia de São Luís das Missões, atual São Luís Gonzaga. Esta paróquia contava com 15.000 fiéis e incluía, em seu território, a nova Colônia de Cerro Azul (atual Cerro Largo), sendo esta dividida em cinco capelas.

Todo o povo recebia o Pe. Francisco com manifestações de júbilo e cordialidade. Ele era a bondade personificada e o verdadeiro amigo do povo, fazendo-se tudo para todos. Era peregrino que não descansava, atravessando matas escuras, por estreitas veredas, levando a paz ao moribundo distante.

Era o coração serviçal e aberto, não sendo capaz de dizer um "não" a ninguém. E aos colonos que insistiam ficasse na sede paroquial, respondia: "Eu sou sacerdote para todos: os pobres, internados nas matas, também precisam de Deus!" Em São Luís das Missões não havia igrejas e nem capelas. Celebravam-se os ofícios divinos em casas particulares ou escolas. As moradias não passavam de primitivas choupanas. Em 1907, Pe. Francisco recebia Pe. J. Spoenlein como Cooperador, residindo este em Cerro Largo.

Depois de nove anos de frutuosa operosidade, pela qual se tornara íntimo amigo e pai de todos aqueles paroquianos, transferiu-se para Santa Maria. Ali, aos 04 de junho de 1912, festejava o Jubileu de Prata sacerdotal, já com mérito de incansável missionário. Em Santa Maria exercia todas as atividades, inclusive de confessor do bispo. Foi também V. Cooperador em Cruz Alta e Passo Fundo. Em 1927, já de idade avançada e de equilíbrio mental bastante fraco, baixou ao Hospital das Irmãs Franciscanas de Santa Cruz, onde veio a falecer, aos 19 de setembro de 1928. Foi enterrado no cemitério local. Morria com 65 anos de idade e 41 de sacerdócio. Dos 41 anos de sacerdócio, sete anos como sacerdote secular e 34 como palotino, trabalhando sete anos nas Missões de Camarões, dez na Alemanha e 24 no Brasil.

Por Pe. Casimiro Facco, SAC