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08/08/2024 - In Memoriam

Padre Paulo Bosselet (1885-1912)

Nasceu em 1885. Sua terra natal é a Alemanha. Tornou-se diácono em 26 de março de 1909 e, a 29 de junho do ano seguinte, foi ordenado sacerdote. Curta seria sua vida sacerdotal, pois, com dois anos apenas de sacerdócio, Deus o julgou maduro e o tirou dentre os vivos, para dar-lhe no céu a recompensa de sua imolação.

Trabalhou Pe. Bosslet somente oito meses na Missão Brasileira. Em Santa Maria, onde a morte colheu-o, trabalhou apenas um mês. Foi ali, porém, que mostrou ser merecedor da coroa da vitória.

A peste bubônica grassava na região de Santa Maria, RS. Pe. Bosslet, qual anjo da caridade, socorria os atacados pela terrível epidemia, ajudado por outros padres palotinos.

Esta doença, chamada peste bubônica ou peste levantina, era altamente contagiosa, mas o nosso herói da caridade não dava importância a isso.

Preocupava-se, isto sim, com o mandamento de Deus: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Socorria, portanto, os doentes com os últimos sacramentos e encorajava-os com palavras de resignação e confiança em Deus. Não temia o contato com os doentes, pois sabia que eles necessitavam, nesta última hora, de uma expressão de carinho e de amor. Socorria qualquer pessoa, sem olhar sua posição social, raça ou cor. Era-lhe indiferente visitar um doente numa casa de luxo ou numa humilde choupana.

Foi, porém, da vontade do Altíssimo levar, de heroico ministério para a melhor vida, este jovem sacerdote, que tão bem soubera cumprir a caridade pregada por Cristo. Estando tão em contato com os atacados pela epidemia, só por milagre podia não contrair tal doença.

Assim foi que, no começo do mês de agosto de 1912, sentiu-se contagiado pela perigosa e dizimadora moléstia. Ele que socorria o próximo também precisou de socorro e para isto foi internado no hospital.

Na véspera do dia 08 de agosto, o Superior Provincial, Pe. Wimmer, ministrou-lhe os últimos sacramentos. E, fato estranho, Pe. Paulo, vendo que estava a um passo da morte, revestiu-se do hábito da Sociedade e deitou-se para esperar, com extrema resignação, o derradeiro instante. Uniu as mãos e, às 18h30min, com a maior tranquilidade, com a tranquilidade dos justos, deixou de respirar. Ninguém duvida de que o heroico sacrifício do jovem apóstolo tenha sido aceito por Deus. Faleceu, portanto, em Santa Maria - RS, aos 08 de agosto de 1912, com 27 anos de idade e dois de sacerdócio. Deixou aos pósteros um grande exemplo de amor ao próximo.

 

 Por Ângelo Demarco