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Padre Pedro Luís Bottari (1905-1983)
Faleceu no dia 25 de agosto de 1983. Pe. Pedro Luís Bottari. Partiu para casa do Pai, depois de 78 anos de idade e quase 53 de sacerdócio. Seu falecimento deixou um vazio em nossa comunidade palotina. Missão cumprida, segundo o calendário que Deus marcou. Quando celebrou o jubileu de ouro de sacerdócio disse que desejava ter 20 anos menos para se dedicar ao Reino de Deus! Após seu passamento foi velado na Igreja das Dores, em Santa Maria, onde houve missa de corpo presente. Nessa celebração mons. Pedro Wastowski, Vigário Geral da diocese de Bagé, durante sua breve oração, afirmou que quando se escrever a história do Rio Grande, não se poderá esquecer a figura do Padre da Conquistadora! Após essa celebração, foi levado para Vale Vêneto, onde houve mais uma celebração, com a presença de representações de Bagé, de Cruz Alta e de numerosos confrades. À beira do túmulo foram cantados dois hinos da autoria do extinto: "Como fruto maduro..." (hino a Vicente Pallotti) e um hino a N. Sra. de Lourdes.
1. PE. PEDRO - PROFESSOR EM CRUZ ALTA - (1932 - 1935)
Com a abertura do ginásio Cristo Redentor, em Cruz Alta, Pe. Pedro Luís foi enviado para lá, a fim de ser professor de português e de francês.
Foi nesse lugar que ele ouviu falar que os palotinos não teriam as bênçãos de Deus devido aos desentendimentos havidos no ano de 1919, quando houve a separação. Ele ficou impressionado e, embora não tivesse tido tanto fundamento tal "previsão", enviou uma carta ao então Reitor do Seminário de Vale Vêneto, Pe. Rafael lop, para que fosse construída uma gruta em honra de N. Sra. de Lourdes, nas imediações do Seminário. E ele propôs essas finalidades: 1. "Obter de Deus e de Maria Santíssima a graça da saúde para todos se conservarem bons e trabalharem unidos. É certo que seria esta gruta objeto de inúmeras visitas por parte dos padres, noviços, estudantes e pessoas amigas. Pois bem, todas essas preces, toda essa glória que se daria a Deus e à sua Mãe seria oferecida para o mencionado fim, no ato da ereção. Deve-se notar, desde já, que só os Superiores poderiam realizar obra tão pia, porque "Certi mestieri piutosto che mandarli far, é meglio farli" (13/02/1933).
E a gruta foi construída e, por muitos anos, serviu como local para orações marianas, nos meses de maio e outubro, discursos, poesias, despedidas do ano letivo... Depois, foi demolida.
2. PE. PEDRO LUÍS - POETA E CULTOR DE LÍNGUAS
Durante os estudos em São Leopoldo, aprimorou muito a arte da poesia. Estudou a língua portuguesa em todas as suas finezas, tornando-se profundo conhecedor da mesma. Além disso, conhecia muito bem as línguas italiana e francesa, dominando-as perfeitamente. Suas primeiras poesias foram publicadas nas revista: "Regina Apostolorum": "O perfil de São Francisco", "Uma família"; "Triste realidade"; "Primeira missa" (dos PP. Jorge Zanchi e José Busatto); "O padre".
Ele observava a beleza da natureza, as paisagens, as pessoas poeticamente e depois as colocava em versos. Considerou sua obra-prima "O gênio da Pátria", livro no qual canta epicamente, em dez estâncias, os feitos e as glórias da Guerra Holandesa: a orquestra dos pássaros, fala da mãe, o valor da mãe brasileira, Negreiros entre o mar e o sertão, cânticos da mocidade, etc. Este poema o escreveu em Vale Vêneto, no ano de 1940. Dedicou-o ao Exército Nacional e à mocidade brasileira.
Eis a dedicatória:
"Meus pobres versos pálidos Em tua alma em agraço
Terão o ardor vulcânico Dos vendavais no espaço, E, em tua boca, o frêmito
Dos velhos bronzes de aço."
E que dizer de seus sonetos? São obras primas de fina beleza lírica. Escreveu mais de duzentos. Alguns são regionalistas-gauchescos, um verdadeiro tesouro com profundas verdades. Elevam os sentimentos, educam a inteligência e enobrecem a alma. Graças ao estímulo de um renomado amigo escritor, que o considerou o melhor sonetista do sul do Brasil e que esta arte seria seu campo literário, dedicou-se à composição de sonetos. E ele estava preparando um livro contendo 150 sonetos. Em tempos de férias, sonetista já adestrado e fluente, foi rever a casa onde viu a luz do dia. Sua pena escreveu este soneto:
A TAPERA
Meu velho teto de feições modestas, tu foste, outrora, a comunhão bendita
de afetos e almas, onde tive a dita de ver a infância a se enramar em festas.
Hoje, volto. Que decepções funestas... A casa é velha, já ninguém, habita...
Só vejo mata em agressão maldita e ervagens bravas, na invasão das frestas.
Perdidos, ó homem, ilusões e afetos, um dia, vendo a natureza austera dos desenganos a invadir-te os tetos,
dirás: Os sonhos, de minha alma aflita,
fugiram todos: hoje sou tapera, a casa é velha, já ninguém habita...
3. PE. PEDRO - ALMA MARIANA
Outro ideal do Pe. Pedro L. Bottari era um acentuado e acendrado marianismo. A gruta de N. Sra. de Lourdes, ereta nas imediações do Seminário de Vale Vêneto, foi sugestão sua. Nove anos depois, sendo ele professor naquela casa e coadjutor da paróquia, após as enchentes de 1941, nasceu a promessa da bela gruta encravada na encosta do monte, onde se lê:
"É promessa, Mãe querida, Nestes montes sem suporte, Onde o povo busca a vida, Não permita, ache a morte".
Esta foi solenemente inaugurada dia 24 de maio de 1942, com o nome de "Gruta das Três Fontes". O hino saiu da pena dele e a música fê-la o Pe. Jorge Zanchi. Aquele escrevia os hinos e os cânticos e este compunha as músicas. Lembro-me, poucos dias antes da festa do reitor do seminário, o poeta "bolou" uma linda poesia, em poucos minutos e Pe. Jorge aprontou a melodia dos versos ainda quentes! Os dois inventos nasceram antes que o relógio marcasse uma hora de tempo. Várias vezes vieram à luz, no mesmo dia, a letra e a música. Era fácil - declarou o Pe. Jorge, - compor as melodias das poesias e hinos do nosso poeta, porque eram fluentes e dentro da métrica.
Em 1944, Pe. Pedro mudou-se para Panambi, onde esteve até 1948. Aí terminou e remodelou a igreja, iniciada em 1917. Era capela de Pejuçara. Em primeira mão, porém, se esforçou para organizar a vida espiritual, cujo trabalho lhe deu tarimba pastoral. Não lhe faltaram incômodos e incompreensões, como o provam dois abaixo-assinados, um pró e outro contra.
Em 1948 lança a ideia do monumento de Nossa Sra. de Fátima, em Cruz Alta. Na revista "Rainha dos Apóstolos" de 1952, à página 330, se lê: "O monumento de Fátima em Cruz Alta, por ora, é o maior monumento religioso do Rio Grande do Sul. E possivelmente o máximo de quantos existem no Estado, mesmo dos profanos. Foi iniciado em abril de 1950. Idealizou-o o poeta Pe. Pedro Luís. E desenho do militar João Cândido Goulart, que venceu o concurso entre dez planos. Possui o Monumento trinta e um metros de altura, sendo dez metros da imagem. Esculpiu a estátua o artista Alfredo Steige, de Berlin" (Mais dados veja na mesma revista).
Porém, antes de dar mão à grandiosa obra, Pe. Pedro começou a campanha do terço em família, particularmente nos bairros. Este trabalho pastoral e catequético foi outra característica do nosso confrade, por ele levado à frente por dezenas de anos, denominando-se o padre dos bairros e dos pobres. A realização do Monumento de N. Sra. do Rosário de Fátima de Cruz Alta, para alguns era uma ousadia e para o Pe. Pedro foi um ideal mariano. Ele levou a sério a mensagem de Maria e nela acreditou. Aproveitou a rádio e a imprensa para difundi-la e torná-la conhecida. Soube catequizar todas as forças vivas da Rainha da Serra a fim de levar a termo o grande ideal. A inauguração aconteceu no dia doze de outubro de 1952. A nossa revista registrou o grande evento. Vejamos só alguns títulos: "A deslumbrante chegada da imagem de N. Sra. de Fátima em Cruz Alta (doação do governo de Portugal); cinco mil fiéis comungam em honra de Fátima; quarenta mil pessoas constituíram a maior procissão do RS.; Fátima irmana Brasil e Portugal"...
Podemos dizer que foi um dos maiores entusiastas e propagadores da mensagem de N. Sra. de Fátima no RS. Sua voz e sua pena muito trabalharam para difundi-la, fazê-la conhecida e amada. Suas pregações, terços e catequeses nas famílias se fundamentavam nos ensinamentos de Fátima:
"O nosso século é o século de Maria Santíssima. O mundo volta-se, agora, para este grande sinal que Deus pôs no céu, com esperança de somente nele encontrar salvação. Em Fátima a Virgem Imaculada tem a especial missão de dar aos homens a mensagem de Paz, da Concórdia e da volta a Cristo. Lá Ela apareceu em vibrantes e amorosos apelos pela sorte da terra: ou os homens rezam, fazem penitência, ou o bárbaro comunismo - o terror dos povos semeará guerras, revoltas, e acabará dominando numa tirânica escravidão o mundo inteiro", - escreveu ele na revista "Rainha dos Apóstolos". E pergunta: "Terá sido ouvido o brado da Virgem? Respondam as páginas dessa revista com os acontecimentos dos dias 11 e 12 de outubro, desenrolados na cidade de Cruz Alta; respondam a obra que lá se alteia gigante, a fé que lá se reacende, o amor que lá se vai se devotando a Virgem Maria; respondam os que lá vão buscar saúde e conforto, e principalmente respondam os que lá encontram o caminho para ir a Jesus."
Inaugurado o monumento de Fátima, começa uma nova vida espiritual na Rainha da Serra: com missas quase diariamente, bênçãos dos doentes, romarias e principalmente a grande romaria estadual no mês de outubro. A alma de tudo isso era o Pe. Pedro L. Bottari, que permaneceu lá até fim de 1956.
Em 1957 ele está no Patronato. É interessante observar como foram acontecendo fatos na vida deste sacerdote. Quando em Vale Vêneto estava pronta a gruta das "Três Fontes", - ele deixou o encantador vale. Pronta a Igreja de Panambi e organizada a paróquia, esta foi entregue ao Bispo. Concluído, inaugurado e bem encaminhado o monumento, com muitos frutos sempre crescentes, Pe. Pedro foi transferido para o Patronato, em Santa Maria. Obra do destino? Por que acontece assim? Ou por que sucederam a ele contratempos e outros fatos que motivaram suas transferências? Desígnios ou provações de Deus? Difícil responder... Num discurso no retiro de 1949, ele disse: "Se sono rose fiorirano" (Dante). E São Paulo escreveu: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o incremento. (1 Cor. 3,6)... Ora, quem planta e o que rega são uma mesma coisa, e cada um receberá sua recompensa segundo seu trabalho" (Idem,3,8-9).
Em 1959, Pe. Pedro ajudou no santuário de Santa Rita, em Guarujá (Porto Alegre). Depois, foi dois anos Missionário. Em 1962 quis fazer um ano de noviciado. Há vários anos deixara de fumar (que cumpriu até o fim da vida). Em 1963 esteve em Cel. Vivida. Aqui também promoveu a reza do terço em família. Falou na rádio com o programa da saúde e boa catequese.
Fez conhecida a "Flora do Mato Grosso", a qual lhe deu dinheiro para sua viagem à Europa. Neste ano fez mais um grande propósito: prometeu nunca mais tomar bebidas alcoólicas, promessa mantida até o fim da vida. Esta é outra graça - confessou ele - Nossa Senhora me deu a força de cumprir o prometido. A viagem pela Europa lhe foi de grande proveito.
4. O TERÇO E CATEQUESE NOS BAIRROS
Depois de voltar da Europa, esteve em diversos lugares. Por dois anos residiu no Patronato e aqui promoveu grande campanha dos terços e catequese nos bairros entre os pobres; ao mesmo tempo manteve programas nas rádios Medianeira e Guaratã, com catequese, saúde e cultura religiosa.
Foi, depois Capelão do asilo Pe. Cacique em Porto Alegre, mantendo, ao mesmo tempo, um programa radiofônico na Rádio Farroupilha. Em 1970 esteve como Capelão do Hospital de Canoas.
5. O SANTUÁRIO DA CONQUISTADORA, EM BAGÉ
No ano seguinte aconteceu a inicial experiência com Nossa Senhora Conquistadora, em Caçapava do Sul. Como aqui não deu certo, achou melhor escolher Bagé como lugar para o movimento. No começo parecia ser ousadia fazer reviver a devoção há três séculos esquecida. Mas os frutos e as bênçãos de Maria demonstraram que isso era possível. O movimento de Nossa Senhora Conquistadora, na Fronteira, irmanada ao espírito tradicionalista, ganhou corpo e se firmou. Ouçamos o soneto onde ele escreve: "A CONQUISTADORA" (A Conquistadora trouxe a civilização Pampeana em suas bruacas). "Surge a Conquistadora, enquanto a ossada do Trono Guarani dos índios guapos, e topo dos museus até os trapos da Prenda excelsa, toda recortada.
Achado inútil para grei gorada, mas para nós florão de heróis escapos, que veio preceder dragões farrapos, ponteando a tradição, na antiga andada. Hoje, entra em seu rincão de glórias gratas: é nossa Mãe Crioula das ausências, trigueira como guabijus das matas. Cheia de conteúdo, o pago invade, e, assim, volta no flete das querências, mascando o freio de ouro da saudade".
Não é necessário dizer muito mais a respeito da Conquistadora para demonstrar os esforços do Pe. Pedro Luís para fazer reviver o ideal da conquista das almas por meio de Maria. "Informações Palotinas" sempre deu cobertura ao movimento da Conquistadora, desde 1972 até que nosso confrade permaneceu em Bagé.
6. SEUS ÚLTIMOS MESES EM SANTA MARIA
Já bem encaminhado o Santuário da Conquistadora em Bagé, e, tornando- se visivelmente débil a saúde do Pe. Pedro Luís, foi conduzido para a Casa de Retiros, em Santa Maria, a fim de restabelecer-se. Apesar da avançada idade, Padre Pedro Luís alimentava esperanças de se reabilitar e voltar a ser útil à comunidade. Mas seu coração não lhe dava tréguas. Estava preparando seu último livro, "O GÊNIO DA PÁTRIA" e fazia planos sobre como divulgá-lo. E manifestou, alguns meses antes de sua morte, o desejo de fazer um movimento com a Rainha dos Apóstolos, em Santa Maria.
Possivelmente nas imediações da cidade Universitária para motivar um movimento entre os universitários. Inclusive não recebeu respostas...
Antes de seu onomástico e aniversário, buscando fugir a festejos, viajou para Panambi, a fim de visitar amigos. Essa viagem feita no rigor do inverno, custou-lhe uma forte gripe que o obrigou a ficar acamado durante os meses de julho e agosto, jamais conseguindo recuperar-se plenamente.
No dia 18 de agosto pediu-me para que o levasse ao Santuário da Medianeira, a fim de confessar-se e ganhar indulgências do Ano Santo. No domingo seguinte teve uma ameaça de enfarte, felizmente superado. Sua esperança era viver ainda. Mas, no dia 25 de agosto, as 19h Pe. Pedro Luís recebeu a Unção dos Enfermos e partiu do nosso meio rumo ao céu. Muito a propósito trazemos os últimos versos do "GÊNIO DA PÁTRIA" que refletem a busca das alturas:
"Meu filho, a nossa Mãe do Ouro é sempre a Providência, Em guarda na guarita eterna - a consciência. Que zela este tesouro e guia a nossa História Ao seio da grandeza e ao píncaro da Glória... Vivei, vivei de gênio e só de ideias grandes, Que escalarei o sol, trepando pelos Andes." (Claudino Magro)
Padre Pedro Luís Bottari nasceu em Silveira Martins, a 29 de julho de 1905; foi ordenado sacerdote aos 4 de novembro de 1930. Sacerdote de profunda fé mariana, artista da palavra e do verso, quem poderá avaliar suas obras senão o Senhor? O muito que realizou fala-nos de sua fé inquebrantável. Sacerdote zeloso, era um indômito peão do grande patrão da estância celeste. Repontava em tropeadas o potro mais arredio e redomão para a grande estância. Hoje o Senhor o acolhe e estará ele cevando um mate e contando uns causos para a peonada!
Sacerdote mariano. Nossa Senhora de Lourdes, de Fátima e a Conquistadora receberam dele uma casa e muito mais, pois foram acolhidas no coração de milhares de homens, mulheres, jovens e crianças que ele ensinou a amar.
Por sua fé muitos creram na Mãe de Deus. Num de seus cadernos, talvez o último, onde ele escreveu pensamentos seus e de outros, há uma frase que diz assim: "Se quiserdes compreender a Mãe, compreendei o Filho. - Ela é digna Mãe de Deus". Artista extraordinário da palavra, deixou-nos um legado literário imenso, difícil de avaliar. Só o estudo tranquilo poderá trazer à luz tantas pérolas preciosas. São sermões, discursos, palestras, crônicas, sonetos (de que é exímio mestre), poesias, poesias gauchescas, poemas épicos, etc. Tudo preservamos com um carinho especial.
Nos últimos tempos sentia como ele mesmo disse, "no corpo ferido o sofrer das agonias." Pe. Pedro Luís previa sua partida para breve. No último caderno de que falei, na última página, deixou-nos em sua linguagem ou alheia, não sabemos, além do grito de esperança e de certeza de quem verá a glória de Deus como Ezequiel, também a certeza de que partir não é ausentar-se, pois "E mesmo assim aparentados, da mesma sanga bebemos" Entretando sofre, pois aproxima-se a hora da separação, da passagem pela "Rua da Amargura", a qual nenhum de nós procura, na qual, porém, cada um de nós transita". Eis, na íntegra a mensagem que nos deixou transcrita: "Eu vi a glória de Deus, seu estrondo era como o estrondo de muitas águas." (Ez. 43,2) E mesmo assim apartados, a mesma sanga bebemos, nos mesmos campos rondamos, varando os mesmos tapumes, os riscos dos vagalumes são cartas que nós mandamos. Sempre na mesma querência, com a mesma emoção sentida, livres de inveja e injúria vamos grameando a penúria dos impossíveis da vida.
Esta é a chamada Rua da Amargura (lugar comum que o bom estilo evita) a qual nenhum de nós procura na qual, porém, cada um de nós transita.
Por Loadi Stefanello