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Apóstolo Hoje: Manifestar a caridade em gestos concretos de amor ao próximo
Cara Família Palotina,
Neste mês de novembro, somos convidados à santidade, ou seja, a uma vida de comunhão com Deus, marcada pelo amor, pela doação e pelo serviço de caridade ao próximo. Não há santidade sem caridade.
Quando São Vicente Pallotti adota o pensamento de São Paulo como um modo de vida progressivo – “CARITAS CHRISTI URGET NOS!” (“A caridade de Cristo nos impulsiona” - 2Cor 5,14) – ele nos aponta a caridade como fundamento para nossas ações palotinas dentro e fora da Igreja. Esse amor concreto ao próximo dá sentido tanto à vida dos que recebem a caridade quanto dos que a praticam.
A caridade é a sintonia entre o Criador e sua criatura. Por meio dela, a Igreja alimenta espiritualmente e cuida dos doentes, famintos, presos e excluídos. Como dizia São Vicente Pallotti: “Quero ser remédio, alimento, bebida... ser tudo para todos” (OOCC X,115).
Sem a caridade, o coração cristão torna-se frio, mesquinho e estéril, incapaz de produzir frutos. Cristo nos lembra: “Eu vos escolhi para que deis muitos frutos” (Jo 15,16).
A Caridade e o Carisma Palotino
São Vicente Pallotti nos ensina que o apostolado católico nasce de um coração dilatado pelo amor de Cristo à humanidade. Esse amor, que é caridade por excelência, nos chama, como Família Palotina, a estender a universalidade do amor a todos os homens e em todos os lugares onde somos enviados em missão.
Um membro da Família Palotina sem a caridade concreta é como uma pomba com apenas uma asa: não consegue voar, não se deixa guiar pelo Espírito Santo e permanece preso às limitações humanas.
As feridas do coração podem atrofiar os dons recebidos no batismo: amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (cf. Gal 5,22-23). Esses frutos são expressões visíveis de Deus em nós. Como Pallotti recorda: “Deus é caridade, e quem permanece na caridade permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4,16).
A Caridade com o Espírito e a Transparência
A prática da caridade, desconectada do Espírito, pode se reduzir a números ou estatísticas, servindo apenas para justificar gastos ou cumprir obrigações burocráticas. Isso pode ferir o carisma palotino, que preza pela comunhão de bens – materiais e espirituais – vivida de forma transparente e justa.
A verdadeira caridade é o coração, os pés e as mãos do carisma palotino. Sem ela, nossa missão permanece incompleta. Mais do que uma tarefa, a caridade deve ser vivida com alegria e amor, tocando o próximo não apenas em suas necessidades materiais, mas em sua essência – espírito, alma e corpo.
O Exemplo de São Vicente Pallotti
Desde suas primeiras ações públicas – como a Pia Casa de Caridade para meninas abandonadas, a visita aos doentes e prisioneiros, e a distribuição de sopa aos famintos – Pallotti nos mostrou que a caridade é uma linguagem universal. Ela deriva de nossa essência como criaturas feitas à imagem e semelhança de Deus.
Nossa missão, enquanto Família Palotina, é despertar esse dom precioso na alma humana, ajudando as pessoas a redescobrirem seu valor e dignidade, especialmente as mais esquecidas e excluídas.
No concreto da vida palotina, manifestamos a caridade de duas formas principais:
Por meio das instituições que criamos ou nos foram confiadas pela Igreja.
Pela voluntariedade de nossos corações, praticando-a onde vivemos.
Reflexões para nossa missão:
Como temos usado os recursos institucionais para manifestar concretamente a caridade?
Qual tem sido minha relação efetiva e afetiva com as instituições de caridade do meu convívio?
Meu viver carismático influencia a identidade das instituições ao meu redor?
Qual é a finalidade da caridade na vida da Família Palotina?
Na caridade de Cristo,
Pe. José Orlando de Carvalho da Cruz, SAC – Brasil
Fonte: Unionedell’Apostolato Cattolico
APÓSTOLOS HOJE -NOVEMBRO 2024