Família

O senhor Lúcio de Deus Machado e a senhora Emma Amarante Machado foram instrumentos de Deus para o nascimento do Pe. Carlos Amarante Machado no dia 26 de dezembro de 1934, na cidade de Santo Ângelo, estado do Rio Grande do Sul. Pe. Carlos, filho mais velho, partilhou a vida com seus irmãos, sendo eles, um homem e quatro mulheres. O Pe. Carlos es criou no seio de uma família pobre e desde cedo trabalhavam para o sustento das necessidades da família.

 Estudo e Trabalho

Uma parte dos estudos Pe. Carlos os fez me Santo Ângelo e bem mais tarde cursou Teologia e Filosofia no Colégio Máximo Palotina em Santa Maria/RS. Ele também prestou serviço militar sendo promovido a cabo, onde mais tarde, saiu com o curso de Sargento. Logo após deixar o serviço militar, por ter cumprido o tempo, Pe. Carlos foi trabalhar como funcionário do Governo do Rio Grande do Sul na área de construção de pontes metálicas. Durante seus trabalhos ficou noivo da Zaíra Teresinha da Costa. Por esse tempo foi a Santa Maria/RS para construir uma ponte em frente ao seminário Palotino e ali conheceu os padres e irmãos palotinos. Escreve ele: "desde pequeno, sempre quis ser padre e padre missionário, mas por ser pobre e negro em minha terra, dificultava tudo, então resolvi ser militar" (Dezembro, 2010).

No entanto, durante a construção da ponte o relacionamento com os seminaristas e os padres fez reviver o seu primeiro amor que era ser padre. Então veio a crise, pois lembrava de sua noiva, mas também a vocação sacerdotal florescia com força. Pouco tempo depois veio um telegrama do departamento do Estado transferindo Carlos Amarante para outro município. Ele foi até o Pe. José Pillon e Pe. Achylle Rubin com o telegrama de transferimento dizendo: "Eu quero ficar aqui, eu quero ser padre". Depois disso, ele pediu dispensa do serviço e terminou o noivado. Sua querida Zaíra, ao término do noivado, "chorou, abalou-se toda, fremiu de emoções, mas não cortou a caminhada apostólica do jovem noivo" (Jornal, A Razão, 07/11/1971). Sendo assim, iniciou seu percurso de formação para o sacerdócio com os palotinos.

 Formação Palotina

Pe. Carlos entrou no seminário em 1962. No ano de 1964 ele ingressou no Noviciado. Retornando do Noviciado continuou seus estudos de filosofia e teologia no Colégio Máximo Palotina em Santa Maria. Sua Primeira Profissão foi em 02/02/1966. A profissão Perpétua aconteceu em 25/03/1969. Recebeu o subdiaconato em 12/05/1970 e a ordem do diaconato em 25/10/1970, ambas em Camobi-Santa Maria/RS. Foi ordenado presbítero, também em Camobi, por Dom Erico Ferrari em 03/07/1971. Seu lema de ordenação: "Eu sou o Bom Pastor".

Trabalhos

Pe. Carlos continuou um trabalhador incansável, assim como era fazendo pontes, agora trabalhando como pastor do rebanho que Cristo foi lhe confiando a cada tempo. Depois de sua ordenação presbiteral trabalhou em vários lugares, a saber: equipe missionária (1971-1976). Fátima do Sul/MS (1977-1978). Iporã/PR (1978-1980). Ajudante de mestre de noviços em Buenos Aires/AR (1980). Iporã/PR (1982). Campo Grande/MS (1983-1985). Iporã/PR (1985-1990). Paróquia em Palotina/PR (1990-1997). Iporã/PR (1998). Itapejara D'Oeste/PR (1999- 2000). Colégio Máximo Palotino-Santa Maria/RS [estudo], (2001). São João do Polêsine/RS (2002-2003). Terra Roxa/PR (2004-2013). Postulado-Cascavel/PR (2013-2014). Iporã/PR (2014-2017). Seminário São Vicente Pallotti-Palotina/PR (2018-2022).

Em julho de 2022, Pe. Carlos foi morar na Casa dos Idosos-Santa Maria/RS, por motivo de saúde fragilizada apresentando mal de Alzheimer moderado e elevado grau de osteoporose. Permaneceu nessa comunidade até o seu falecimento no dia 27 de setembro de 2022.

Missão Cumprida

O Pe. Carlos construiu a ponte em frente ao Colégio Máximo Palotino em Santa Maria. Mal sabia ele que Deus usara desta ponte para construir uma ponte para que ele pudesse acessar muitas pessoas que necessitavam de uma palavra amiga, uma bênção, um consolo de pai, a intercessão de Deus por meio de muitas confissões trazendo alívio e confiança na misericórdia de Deus aos corações aflitos. Pe. Carlos dedicou-se também com carinho às comunidades neo catecumenais, levando, além de seus ensinamentos, sua presença forte e perseverante. Somos agradecidos como coirmãos da Província Nossa Senhora Conquistadora pela presença do Pe. Carlos Amarante em meio a nós. Este Pe. Carlos que gostava de futebol, cinema e dos bailes. Dizia ser um bom dançarino. Agora terá festa no céu com sua presença. Descanse em Paz, que nós continuaremos a missão por aqui.

 Por Pe. Alison Valduga, SAC