No dia 19 de outubro de 2024, a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Campo Grande-MS, foi palco da 1ª Exposantidade, uma exposição sobre a vida de santos promovida pelos catequizandos da Iniciação à Vida Cristã. Cada criança ficou responsável por pesquisar e organizar a apresentação de um santo, criando cartazes e exposições para compartilhar com os visitantes. 

Entre os participantes estava Giovane Arce Adamiski, de 9 anos, que é autista. Giovane havia se preparado, dentro de suas limitações, para apresentar sobre São Vicente Pallotti, mas, devido ao excesso de estímulos no ambiente, não conseguiu permanecer no local. Diante da situação, sua irmã, Maria Júlia Arce Adamiski, de 14 anos, assumiu a apresentação e fez um belíssimo trabalho em seu lugar. 

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição do desenvolvimento neurológico que afeta a forma como a pessoa percebe o mundo, se comunica e interage socialmente. O espectro autista é diverso, com cada indivíduo apresentando habilidades e desafios únicos. Enquanto alguns autistas necessitam de suporte significativo, outros são altamente funcionais e independentes. Embora a causa exata do TEA ainda não seja completamente compreendida, acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um papel importante no seu desenvolvimento. 

Para o desenvolvimento integral de uma criança autista, é essencial o apoio e a aceitação da família, especialmente dos pais, juntamente com terapias e estímulos que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Na Igreja, é vital promover a inclusão plena, garantindo que todas as pessoas, independentemente de suas condições, possam participar ativamente e contribuir de acordo com suas capacidades. 

A Igreja deve estar aberta a acolher as Pessoas com Deficiência (PCD), criando um espaço onde todos possam se sentir incluídos e amados. Como disse São Vicente Pallotti, "Todos são chamados ao apostolado e todos têm o direito de conhecer e amar Jesus Cristo." 

Que essa Exposantidade seja um exemplo do caminho rumo a uma Igreja mais inclusiva e acolhedora para todos!

Por Leossandro Adamisk - Paroquiano