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Notícias

31/01/2025 - In Memoriam

Padre Vitorino Roggia (1923-1984)

Inesperadamente, na madrugada do dia 31 de janeiro de 1984, faleceu o Pe. Vitorino Roggia. Após participar da Assembleia Provincial, em Vale Vêneto, e participar de um curso sobre Bíblia em Marcelino Ramos, já a caminho de sua comunidade, em Dourados, Mato Grosso do Sul, demorou-se uns dias na casa de sou mano em Curitiba, a fim de descansar. Ali aproveitou a oportunidade para alguns exames médicos. Mas, quando se preparava para dar alta da Santa Casa de Misericórdia, fomos todos colhidos com a notícia de sua morte repentina.

Imediatamente foi providenciada sua remoção para Santa Maria, tendo sido velado na Matriz de Faxinal de Soturno, atendendo a um desejo expresso dessa comunidade que o teve por muitos anos como seu orientador. Na manhã do dia 1º de fevereiro foi conduzido para Vale Vêneto. Aí foi celebrada a missa de despedida, da qual participaram caravanas de Palotina (PR) e de Faxinal do Soturno e representantes de Dourados. Dom Servilio Conti representou o bispo diocesano de Santa Maria e Pe. Palmiro Finatto, o Bispo Dom Lúcio Baumgaertner, de Toledo (PR).

Pe. Vitorino era filho de José e de Maria Zemolin Roggia. Tendo nascido em Faxinal do Soturno no dia 23 de outubro de 1923. Tinha mais um irmão e cinco irmãs. Ingressou no Seminário em 1986, em Vale Vêneto. O noviciado e os cursos de Filosofia e Teologia os fez no Seminário de Polêsine, entre 1943 e 1951. Foi ordenado sacerdote no dia 24 de dezembro de 1950, ano da beatificação de Vicente Pallotti. Inicialmente esteve no Seminário de Vale Vêneto, (1952-1957), como diretor espiritual e professor. Em 1958 transferiu-se para Polêsine, onde começou a funcionar neste mesmo ano o curso colegial. Como orientador dos seminaristas e professor esteve durante 3 anos nesta casa de formação. De 1961 a 1968 foi pároco na sua terra natal, Faxinal do Soturno.

Mas foi em Palotina (PR) onde o Pe. Vitorino desenvolveu um apostolado mais longo (1969-1932). E justamente por ser uma região nova, ainda nos inícios de sua colonização, além de sua tarefa específica de sacerdote, teve também do realizar obras materiais. E a comunidade, orientada por ele, construiu uma casa para as irmãs Palotinas, que o ajudaram muito na pastoral. Construiu a casa paroquial, a igreja matriz dedicada a São Vicente Pallotti, obra que é testemunho do zelo e do dinamismo do Pe. Vitorino.

E em Palotina ele deixou expandir-se sou coração mariano: promoveu a devoção a Nossa Senhora da Salette, construiu um Santuário que é também um Centro de Formação de Lideranças Cristãs. Ali ele se dedicou profundamente à formação das famílias, chegando a ter mais de 300 centros de evangelização, com outros tantos líderes catequistas. Além disso, dedicou-se a outros movimentos, como as comunidades neo-catecumenais, nas quais, como ele confessava, cresceu muito e fez a muitos crescer no amor cristão e no compromisso de sua vocação.

Em 1983, foi transferido para Dourados (MS). Ali continuou sua vida sacerdotal numa comunidade grande e pobre, com muitas necessidades materiais e espirituais, mas com um ano só de atividades marcou sua presença.

E, finalmente, em inícios de janeiro veio para o Sul a fim de participar da Assembleia Provincial, om Vale Vêneto. E era o Pe. Vitorino de sempre: expansivo, alegre, sério quando fosse necessário, profundo e ponderado nas suas intervenções, espalhando ao redor de si segurança, alegria, esperança.

Depois da Assembleia, esteve em Marcelino Ramos para participar de um curso sobre Bíblia. Feito isto, dia 14 de janeiro foi a Curitiba fazer exame de coração e pulmões, uma vez que sua saúde exigia cuidados especiais. Quando tudo parecia que estivesse bem e pudesse retornar para Dourados, um edema pulmonar pôs fim à sua vida, na madrugada do dia 31 de janeiro. Foi enterrado no cemitério dos padres palotinos, em Vale Vêneto.